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26/12/2010

Top 100 - 100 /47 Aguas De Março (Antonio Carlos Jobim & Ellis Regina 1974)

'Aguas de Março ' est un titre célèbre composé en 1970, et  immortalisée par le duo Antonio Carlos Jobim et  Elis Regina .

la chanson , véritable patrimoine  de la culture musicale sud américaine nous parle de période de la fin de l’été brésilien réputée pour ses averses, ses trombes d 'eaux et  ses pluies diluviennes.

Selon la légende Antonio Carlos Jobim aurait écrit la chanson lors d'un séjour dans une maisonnette  au bord d’un chemin en construction. En se reposant et revassant il aurait commencé à chantonner "é pau, é pedra, é o fim do caminho"... plus tard, , il s’aperçut que ce thème lui plaisait et ecrivit sur  un morceau de papier qui protégeait le pain

il laissa  vagabonder son imagination et composa les paroles la chanson dans la journée

en 2001, "Águas de Março" a été élue "plus grande chanson brésilienne de tout les temps par un jury de journalistes et de musiciens brésiliens 

 le titre traduit chez nous 'Les eaux de Mars 'sera popularisé par Georges Moustaki figure incontournable de la chanson francaise , compagnon de route (et de lit) d'Edith Piaf  , ami intime de Barbara  dont La carrière musicale sera indissociable de sa découverte  du Brésil et de  la bossa-nova (grace a son ami ecrivain Jorge Amado)

Il proposera en 1973 une version d'Aguas do março "adaptée en Francais et l'enregistra sur son album  "declaration "  paru cette année la

 

 

Antonio carlos Jobim & Ellis Regina -Aguas do marco


podcast

 

 

Georges Moustaki - les eaux de Mars


podcast

Quelques  décennies  plus tard , C 'est Jil Caplan qui a son tour en proposera une très belle version  que l'on peut retrouver sur l'excellent tribute to Antonio Carlos Jobim sorti en 2000 chez XII Bis records ou quantités de groupes et d'artistes de tout horizons (Pizzicato Five  - the walkabouts -bertrand burgalat -Elli medeiros) réadaptent  des classiques du maestro brésilien

Sur la scène internationale la chanson baptisé 'Waters of march ' sera reprise par un grand nombre d'artistes , citons Basia ,Art garfunkel , Cassandra Wilson ou encore  Al Jarreau pour n'en citer que quelques uns 

 

 

Paroles

É pau, é pedra,
é o fim do caminho
É um resto de toco,
é um pouco sozinho

É um caco de vidro,
é a vida, é o sol
É a noite, é a morte,
é o laço, é o anzol

É peroba do campo,
é o nó da madeira
Caingá candeia,
é o matita-pereira

É madeira de vento,
tombo da ribanceira
É o mistério profundo,
é o queira ou não queira

É o vento ventando,
é o fim da ladeira
É a viga, é o vão,
festa da cumeeira

É a chuva chovendo,
é conversa ribeira
Das águas de março,
é o fim da canseira

É o pé, é o chão,
é a marcha estradeira
Passarinho na mão,
pedra de atiradeira

É uma ave no céu,
é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte,
é um pedaço de pão

É o fundo do poço,
é o fim do caminho
No rosto o desgosto,
é um pouco sozinho

É um estrepe, é um prego,
é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando,
é uma conta, é um conto

É um peixe, é um gesto,
é uma prata brilhando
É a luz da manhã,
é o tijolo chegando

É a lenha, é o dia,
é o fim da picada
É a garrafa de cana,
o estilhaço na estrada

É o projeto da casa,
é o corpo na cama
É o carro enguiçado,
é a lama, é a lama

É um passo, é uma ponte,
é um sapo, é uma rã
É um resto de mato,
na luz da manhã

São as águas de março
fechando o verão
É a promessa de vida
no teu coração

É uma cobra, é um pau,
é João, é José
É um espinho na mão,
é um corte no pé

São as águas de março
fechando o verão
É a promessa de vida
no teu coração

É pau, é pedra,
é o fim do caminho
É um resto de toco,
é um pouco sozinho

É um passo, é uma ponte,
é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte,
é uma febre terçã

São as águas de março
fechando o verão
É a promessa de vida
no teu coração

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